Depois de beber o sangue de Bill eu tinha ficado estranha, mas com o sangue de Eric era uma espécie de nova mistura que se criava em mim. Tinha os sentidos mais aguçados, e subitamente uma vontade e sede de sangue… mas não de sangue humano. Será que me estava a viciar em sangue de vampiro?
Quando Bill e eu fazíamos amor agora a tendência era para eu querer o sangue dele. Mas agora estava a ficar estranhamente esfomeada, Bill tinha desaparecido, e a opção que me restava era o meu chefe vampiro, Eric. Estava no meu dia de folga e por isso decidi ir vê-lo. Quando entrei no seu bar, Eric tinha acabo de acordar, mas vinha com um aspecto impecável. - Sookie, querida. Ainda bem que me vieste ver, pelo menos de forma voluntária – disse Eric de forma sensual.
- Não estou aqui para isso, Eric.
– Eu sei o que queres Sookie, e apesar de saber que sou a
segunda, ou melhor a última escolha estás aqui para eu te ajudar. Falei com
Bill, e posso dizer-te que por teres bebido sangue nosso não te leva a teres
“sede”, muitos vampírofilos o fazem como sabes. Mas…
- parou ele preocupado
–
tu não és propriamente uma humana normal. Por isso vou-te levar a um sítio. E
Sookie se quiseres podes beber do meu sangue – disse Eric divertido.
Olhei para Eric e pensei porque não? Estava a ficar fraca,
esganada. Ele fez um corte no seu pescoço, podia ser num local menos propenso a
confusões, mas com a sede que tinha, aceitei de bom grado. Ele sentou-se,
pegando-me nos seus braços e sentando-me no seu colo, encaminhou os meus lábios
para o seu pescoço, e durante alguns minutos somente pensei em saciar a minha
fome com o seu sangue, doce, salgado e espesso. Mal terminei, Eric passou os
seus dedos pela minha boca limpando o sangue que na minha avidez tinha
escorrido, com os seus lábios retirou-o do meu pescoço e após ter terminado
colocou-me de pé.
–Sookie precisas descansar, partimos amanhã á noite. Até lá.
E foi-se embora deixando-me subitamente nervosa… e estranhamente excitada.
Na noite seguinte partimos e já a caminho Eric diz-me -
Sookie, espero que estejas preparada, o que vais encontrar pode
impressionar-te. E ah… é aqui que o Bill se encontra. Olhei para ele surpresa e
segui o resto do caminho calada. Subitamente parámos em letras bastante
visíveis pude ler “ Clube de Sangue”, olhei para Eric que me acenou
afirmativamente e caminhei não sabendo o que iria acontecer a seguir.
Se ao início os empresários da noite receavam aceitar
vampiros nos seus estabelecimentos com a desculpa da “segurança” dos humanos,
depressa perceberam que para onde os vampiros iam, os humanos os seguiam.
Rapidamente garrafas de “True Blood” passaram a estar disponíveis em todo o
lado mas entretanto a popularidade dos bares de vampiros já tinha atingido o seu
auge. Mas afinal, o que diferencia um bar ou discoteca de vampiros? E o que é
que os torna tão apelativos?
Para descobrir mais, visitámos um dos bares mais antigos e
conhecidos na América: o Fangtasia. Localizado em Shreveport, no Estado do
Louisiana, o Fangtasia abriu as suas portas poucos dias após a Grande Revelação
e continua a ser a referência para muitos bares de vampiros em todo o mundo.
Estranhamente a sua fachada com um simples letreiro em letras néon vermelhas
não impressiona mas a multidão que espera a sua vez para entrar prenuncia a
popularidade deste lugar. E foi de facto no seu interior que vimos um pouco
mais de perto e sem rodeios a cultura vamp e dos seus seguidores.
Pam, uma das gerentes do bar fez-nos a visita guiada. “Como
noutros bares, o Fangtasia também tem festas temáticas, Lady’s Nights às
quintas-feiras e bandas a actuarem ao vivo. O merchandising como as t-shirts,
também é outra das formas de rentabilizar o bar.” Quanto ao pessoal contratado
a Pam foi muito clara: “O melhor, claro! Seja humano ou vampiro o importante é
atenderem bem os clientes”. Perguntámos se já tinham surgido conflitos entre
vampiros e humanos no bar. “Normalmente não, mas há grupos de fanáticos que vê
o bar como um alvo fácil para espalharem o seu ódio contra vampiros. Nesses
momentos fazemos o que é necessário para proteger o nosso negócio e os nossos
clientes”. Pam não nos explicou em que é que consistia o “fazer o que é
necessário”.
Samantha e Lara são clientes do Fangtasia há vários anos e
disponibilizaram-se em explicar a sua atracção por vampiros. “Com os vampiros é
diferente” explica Samantha, “eles sabem o que queremos, nós sabemos o que eles
querem, não há jogos!”. Quanto à nossa questão de poderem morrer às mãos de um
vampiro ao oferecerem o seu sangue, Lara torna claro o seu ponto de vista:
“Podemos morrer de doença, de acidente de carro… Durante uma troca de sangue,
se o vampiro consumir demasiado do nosso sangue, podemos sempre pedir que ele
nos transforme em vampiros. Em último recurso, passaremos a ser imortais!”
A sensação de perigo, a
novidade, a possibilidade de poder experimentar algo de diferente, a atracção
pelo desconhecido é o que os bares de vampiros oferecem aos seus clientes
humanos. Quanto aos clientes vampiros, estes bares oferecem a hipótese de
encontrarem alimento voluntário e consensual assim como a possibilidade de se
reintegrarem na sociedade.
Autora: Sofia Covas
Um comentário:
perdi dois minutos da minha vida lendo isso;(
#e muito chato, já ouvi historias melhores
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