Era meia noite, quando Meison Skoup ouviu a campainha tocar. Levantou-se de sua confortável poltrona, de frente para a lareira acesa. Seguiu até a porta, e a abriu:
- Desculpe pela hora, Meison, não podia esperar. O pior aconteceu.
Meison delicadamente, fechou a porta,e em silêncio, girou seus calcanhares e seguiu até a poltrona, onde se sentou novamente; balançou levemente sua cabeça, pedindo que o homem continuasse a falar. Esse homem se chamada Tonny Verony, apelidado de Toninho por seus íntimos.
- Declaun Verneck voltou, lembra? Presumo que saiba da história de Verneck. Verneck durante sua adolescência, aprofundou-se a estudar magia negra e tornou-se perito no assunto. Ao completar vinte e cinco anos, foi mordido por um vampiro e se tornou um vampiro-bruxo terrível, matando e amaldiçoando as aldeias locais, transformando e criando um pequeno exército de vampiros, intencionando dominar o mundo e...
– Meison interrompendo Tonny com uma leve tosse falsa, dizendo:
- Conheço a história de Verneck, Tonny. – levantou-se da poltrona, começando a andar de um lado para o outro, confuso.
- Segundo a lenda, Verneck foi apreendido e preso em um grande caixão, e apenas nossos ancestrais, os caçadores da época sabiam que Verneck fora enviado ao Brasil, para evitar contacto com os vampiros.
- Sim, sim, e foi um caçador brasileiro que me enviou uma carta, informando sobre as constantes mortes e rituais acontecendo no país e a grande movimentação de vampiros, o que não é comum pelo alto clima.
Após uma longa conversa, Meison deu ordens para Tonny arrumar suas malas e Meison fez o mesmo. No dia seguinte, ambos viajaram para o Brasil.
À meia noite, em um cemitério no Rio de Janeiro, encontrava-se quinze homens encapuzados em círculo, cada um, segurando uma pessoa adormecida em seus braços. Ao centro estava um homem de pele muito pálida, e vestes negras, dentro de um grande pentagrama, murmurando palavras estranhas, ao que parecia um feitiço.
- Você! – exclamou, após terminar o feitiço, apontando para um dos homens encapuzados. Sua voz era fria e aguda, causando um pouco de medo em algumas das vítimas, que recobraram a consciência e estavam a gritar, porém seus gritos não surtiram efeitos, pois os homens encapuzados estavam a tampar suas bocas.
- Claro, milorde. – o homem deu alguns passos, chegando ao centro do pentagrama, onde o homem de grandes vestes negras acabara de desocupar; retirou seu capuz, esse também era pálido e no mesmo estante, seus caninos aumentaram o homem cravou seus dentes na jugular da moça em seus braços, chupando seu sangue e a transformando.
Após todos os quinze vampiros repetirem o ato, o pentagrama estava tampado, pelos quinze corpos das vítimas; o homem de grandes vestes levantou seus braços, dizendo em voz alta:
- Faz-se 850 anos, desde quando fui capturado por aqueles bruxos e caçadores. Alguns de vocês devem conhecer minha história, aos que não a conhecem, vou contá-la. – todos se calaram, ouvia-se apenas os pesados passos do homem de vestes negras, que recomeçou a falar.
- Sou Declaun Verneck. Nasci e cresci em uma família de conhecidos senhores da época, em Salém.
Ao completar 11 anos de idade, percebi que aquela vida não era para mim, vida de fingimento e mentira, sabia que meu lugar era muito maior, eu deveria comandar à todos e ensiná-los a como agir. Em meu aniversário de 13 anos, fui até o porão, de minha casa, intencionando de que meus presentes estavam lá, e encontrei um grande e grosso livro e então eu o abri. Era um livro de magia. Então presumo que saibam. Estudei e me tornei um grande bruxo. Ao completar os 18 anos, matei meus pais em um ritual maligno, e na mesma noite, sai de Salém, pois o lugar era famoso por bruxaria e lógicamente, iriam me encontrar. No Estados Unidos na mesma época, fui surpreendido por um vampiro, que me transformou. Foi a melhor coisa que me acontecera, eu não sabia da existência de vampiros, mas daí, tornei-me muito mais poderoso e não deixei de praticar os rituais. 20 anos depois, já era conhecido por quase todo o mundo e estava a criar um grande exército de vampiros, para intencionando dominar o país e por fim o mundo. Mas como sempre!
– Verneck cuspiu no chão, cheio de rancor e continuou.
– tem aqueles irritantes caçadores e eles não estavam sozinhos, juntos deles haviam outros bruxos. Travamos uma pequena batalha, metade de meus seguidores morreram, e alguns dos caçadores também. Conseguiram me pegar, lançando um feitiço que eu não conhecia e então não vi mais nada. Acordei à dois meses atrás, é claro, fui libertado por Arkaikle.
– Verneck virou a cabeça, olhando para um de seus seguidores e lançou um frio sorriso e continuou a falar.
– E agora, estou de volta, nada irá me impedir, nos impedir. Eu, o Lord Verneck trarei a glória dos vampiros à tona!
– exclamou, dando um salto e derrubando uma lápide com os pés, dando uma volta, deixando seus grandes caninos á vista e soltando leves risadas, ao olhar para dos quinze corpos caídos sobre o pentagrama.
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Créditos: Giovanni Shacklebolt
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